sábado, 9 de julho de 2011
Sem perdão
O arrependimento viera logo após. Inutilmente ele tentara se desculpar. Ela jamais permitira que ele lhe dirigisse palavra. Não atendia telefonemas e rasgava cartas sem abrir. Ele era consumido pela culpa e há mais de sessenta anos tinha a insônia por companhia. No momento derradeiro, depositou um bilhete sob suas femininas mãos gélidas no esquife. Em algum momento da eternidade ela tomaria conhecimento daquela última palavra: perdão! Antes que o sono pudesse acercar-se, soube que ela fora cremada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário